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Orígenes de la quiromancia

 
Acuarela india antigua que muestra los diversos signos que se encuentran en las manos en la quiromancia védica.

As origens exatas da Quiromancia não podem ser determinadas com precisão. Mas podemos verificar o interesse pelas mãos desde a Idade da Pedra. Imagens de mãos humanas foram frequentemente encontradas em desenhos em cavernas, indicando esse especial interesse. Estas pinturas podem ser vistas nas cavernas de Lascaux, na França, nas notáveis Cavernas de Santander na Espanha e em várias cavernas na África. 

O estudo das mãos é mencionado pela primeira vez em manuscritos datados de 5000 anos atrás, provenientes da Índia e da China.

As antigas escrituras védicas continham abundante informação sobre a Quiromancia, os mais antigos textos sobre quiromancia foram escritos em sânscrito antigo, e fazem parte de um ramo do Sistema Védico chamado Jyotisha (sânscrito jyotiṣa, "Conhecimento da luz") que é a origem da Astrologia Védica. A Quirologia clássica é abordada no Hast Samudrika Shastra. Os sábios indianos desenvolveram o estudo da forma das mãos (Mudrika), em uma ciência maior contida no Samudrika Shastra, que interpreta e prediz o destino e a natureza humana, através da análise da testa, rosto, mãos, peito e pés. Escritos relacionados ao estudo da mão humana datados do ano 3000 a.C trazem as primeiras referências à própria Quiromancia, no texto Védico chamado Manu Srmirit, ou Leis de Manu.
 

Na literatura védica temos referências sobre os sinais que Krishna, sua esposa Radha e todas as pessoas santas possuíam em suas mãos e pés. Temos como referência um diálogo entre o Rei Nanda e uma senhora idosa, extraído do livro "Néctar da Devoção" um comentário ao “Bhakti Rasamrta Sindu”:
 

"- Seu filho possui várias e maravilhosas linhas do destino nas palmas de suas mãos. Nas palmas de suas mãos há sinais de flores de lótus e de rodas e na sola de seus pés há sinais de uma bandeira, um raio, um peixe, um bastão para dominar elefantes e uma flor de lótus. Por favor, observe como esses sinais são auspiciosos". 

Da Índia e da China, onde era utilizada entre outras coisas, para confirmar diagnósticos médicos, a Quiromancia se difundiu ao Tibete, à Pérsia, à Mesopotâmia, ao Egito e à Grécia antiga e daí à Europa.
 

Mesmo os cristãos antigos, acreditavam que o caráter dos homens e suas vidas eram revelados pelas mãos. Segundo o livro de Jó, do Velho Testamento, “Deus fez selar a mão de cada homem, para que todos pudessem conhecer a sua obra.”
Os ciganos, que são originários da Índia, entraram em cena por volta do século XIV, como um dos responsáveis por levar Quiromancia à Europa, quando emigraram da Índia após serem expulsos pelo conquistador islâmico Timür Lang por volta do século XI. Sabe-se que eles tradicionalmente já praticavam a Quiromancia a muitos séculos, em especial as mulheres da tribo. Após vagarem alguns séculos pelos desertos da Pérsia, acabam chegando a Europa por volta de 1390/1400.
O Imperador Romano-Germânico Segismundo, em certa ocasião usou os ciganos como espiões, e essa fama não se apagou facilmente, gerando desconfiança por onde passavam. Por isso, quando os ciganos chegaram aos portões de Paris em 1427 eles não foram inicialmente, autorizados a entrar. No entanto, os cidadãos, intrigados e animados com aqueles tipos estranhos e românticos, correram para o lado de fora da cidade, a fim de lerem sua sorte!

Na Europa da Idade Média, a Quiromancia teve sua fase obscura, durante a “caça às bruxas” na Inquisição, permanecendo oculta, pois sua prática era condenada, considerada bruxaria.

Durante o século XVII, foram feitas tentativas para fundamentar seus princípios em base científica e para “elevá-la” de arte intuitiva à ciência. Apesar de tais esforços, a Quiromancia foi desprezada como pura insensatez durante o Iluminismo.
A partir do século XVIII, quiromantes estudiosos, procuraram divulgá-la, permitindo que ressurgisse então com um espírito mais investigativo do que supersticioso.
Dentre ele se destacam, o Conde de Saint-Germain, Cheiro, Papus, Magnum, Joubert, Desbarolles e Benham, além de Gettins, Hutchinson, Haldare e d'Arpentigny.

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